quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Crí-o porque lí-o: 1) A colheita da Laranja

Não sei se foi uma visão, um sonho, ou lí em alguma revista.
O fato é que não sai da minha mente o que vou relatar, como se fosse um filme.
Podem passar meses sem me lembrar, mas derrepente, lá vem a recordação, como se eu tivesse realmente vivido o que ví!

Tudo se passa num pomar, num laranjal. Árvores acachopadas, regularmente distribuídas.
Imagine comigo, entrando pelo que seria a rua principal, larga, passando pelas pequenas árvores, folhas de um  verde intenso...

Os frutos! Ah! Os frutos! Em grande quantidade, contrastando sua cor característica com o verde da ramagem!

Imagine agora, estamos subindo, elevando-nos acima das árvores...
O céu azul límpido, a estrada à nossa frente...
Mas, aproximemo-nos agora mais um pouco, o que está acontecendo alí?
Vemos algumas pessoas reunidas em dois estrados lado à lado, não sei precisar o número, não muitas, não poucas...
Roupas coloridas, existe uma alegria no ar. Estão em silêncio!

Ao centro, numa ponta, um pequeno homem, óculos de aros redondos, bem vestido, bem apessoado, voz profunda, em pé sobre o que parece ser uma caixa, próximo a uma laranjeira.
Mas... veja que esta laranjeira é diferente de todas as outras que vimos até agora: Só tem uma laranja!

Seu braço direito está levantado, sua mão parece tocar esta única laranja do pé.
Todos levantam! Não consigo entender o que êle está falando... Aproximemo-nos.

- ...Amém, irmãos? Depois de um ano de espera, podemos agora colher nossa laranja! Agradeço àqueles que semearam neste projeto, sementes sem às quais nada disto poderia estar acontecendo.

Todos se levantam. O momento é solene... Cantam o que parece ser um hino...
A laranja é colhida, todos aplaudem, a alegria é intensa!
Ato contínuo, começam a se retirar, permanecendo o lugar vazio, com a laranja colhida dentro de um cesto.
Abandonada, só!

Vamos nos retirar também!
Ao voltar agora ao nível do solo, podemos ver naqueles pés abarrotados que vímos ao chegar, que existem laranjas caídas, algumas arrebentadas pela queda, outras já apodrecendo, outras pisoteadas...

Fico a me perguntar o que aconteceu aqui?

A única coisa que sempre me vem à cabeça é:

Marcos 4:26-29 O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra ... e quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.


O que aconteceu aqui?

O que aconteceu?

Que deveríamos estar fazendo?
 

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